quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Rápidinhas

Um cachorro passa
O vento assobia
Para dentro, meu coração se esvazia
Nada.
Tudo.
Tudo está perdido dentro de mim
Nessa tarde fria
Vazia.
Sem graça.
Vamos fugir
Como já dizia a música
Vamos voar e olhar para outra dimensão, daqui, dali, de qualquer lugar,
baby.

Marina Reys


Eu não aceitarei mais
Essa carga que nos meus ombros pesa
Essa vida que tanto se auto despreza
condolências, condolências em vão
Meu coração na mão
e eu só queria voar daqui
Bem longe
Eu não quero mais
Essa vida chata
inútil
chinfrim
Vamos para Índias tomar chá
orar pra Alá, sei lá
Eu quero mais

Marina Reys

The wind blows
Blow me up so high
Take me to the beat of my heart
And teaches me how to fly
I want touch
I want touch the sky

Marina Reys.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Untitled

.
Our souls consumed by plastic
Our lungs are used to the city acid
Your life is ruled by them, but you don't know who them are
Your money, seems too tittle so far

Genetically modified, killing animals, rushing blood
Watch TV, your government will love

Are you okay with being a robot?
Are you okay with being a slave?
Then continue to live your live, don't you dare see the truth
'Cause they may don't like.


---- Marina Reys
Brazil 2013

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Olhos

Vi o luar refletido no seu olhar
Mas que pena da lua, mesmo a brilhar
Sua luz se apaga, pois seus olhos se destacam
Na noite tranquila, as estrelas empacam

Todas elas escurecem com você por perto
Vagalumes? seu olhar não é paréo a um inseto
Mesmo que todos continuem a natureza a admirar
De seus olhos os meus olhos nunca vão cansar

Seus olhos sorrindo sutilmente assim
Fique desse jeito por um instante
Deixe-me te admirar num momento sem fim
Numa beleza mais que deslumbrante.


Marina Reys.

Crescimento

Pequenina criança caiu do brinquedo
Logo seu pai vem a acolher
Ela diz mamãe, tenho medo
"Estou aqui pra proteger"

Papai, o mundo me assusta
Ele a carrega no colo e tudo se ajusta
Pequenina não consegue se levantar sozinha
Mamãe a puxa para cima e ainda acarinha

Mas mamãe, e quando eu crescer?
Os demônios da vida continuarão a te perseguir
Mamãe e papai não estarão tão perto para resolver
Sozinha seu caminho terá que seguir.

Marina Reys.

Momentos


O orvalho escorre pela relva
Um pássaro súbito corta o ar
Uma nuvem pesada encobre a selva
Borboletas sultilmente a voar

Calmo anil brilha no céu
Chuvas douradas escorrem como mel
Cores de flores desabotando deslumbrantes
Tráfego de vagalumes aparece num instante

Folhas lentamente a cair
Nuvens na chuva a se esvaziar
Terra molhada meus pés a sentir
Amor e magia envolventes no ar.

Marina Reys.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

O sono do gato

Estava atarefada com as coisas do dia
Quando de repente ouço um ronronar
Procuro debaixo da almofada na sala de estar
Ela não está mais vazia

Um serzinho está lá, gato a cochilar
Com um suspiro quente e suave
Eleva as patinhas a se alongar
Um miado longo é emitido, meio grave

Lembra-me do algodão, amontoadinho no sofá
Morno e sutil, como uma xícara de chá
Olha-me de cima para baixo, já que é independente
Esfrega a cabeça de lado, e fecha os olhos novamente.

Marina Reys.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Ondas

A onda negra invade descolorindo a primavera
Escorrega, flúida e lentamente, ágil como esfera
Empurrando para baixo com uma força espectral
Esforçando-se para escurecer a vida de forma brutal

Quando estamos lá no chão, forçados pela escuridão
Uma ponta de claridade aparece no fio do dia
Lambe a negritude, dançando com lentidão
Brilho suave, inundando tudo numa coreografia

A onda torna-se branca e ondula em seu peito
Te puxa com força descomunal para cima
A vida renasce meio sem jeito
Para que tudo vire luz que o amor ensina.

Marina Reys.